domingo, 15 de agosto de 2010

Em homenagem aos nossos dias de chuva


Me olho nos olhos e nestes últimos dias parece que há muita água para verter por estas janelas.
Me dou conta disso agora, num olhar despretencioso lançado a mim mesma.
O mais engraçado é que, ao pensar nisso, uma chuva, indecisa entre molhar ou sugerir, cai, e eu observo pela janela fechada.
Te escuto cantando e lembro da noite em que a tempestade e meu dilúvio se fundiram. inundando cidades, causando destruição, pondo abaixo o que era sólido e o que já era ruínas mas resistia a tombar.
Que força é essa? Que naturezas dialogam com tamanha integração?
(Em 11 de agosto - uma manhã fria e cinza)

Um comentário:

  1. Parecíamos, aquela noite, com duas personagens de Shakespeare: Rei Lear e o Bobo no meio da borrasca. Foi maravilhoso viver aquilo lá!

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